Ser sudaca, não trabalhar com computação e estar totalmente fora do sistema salarial japonês - que garante bônus semestrais de 1 milhão de ienes ou arredores - me faz pensar duas vezes antes de ir numa exposição que custa R$ 41 .
Me toma um certo tempo para microcontas, almoços versus esmaltes, até concluir que vale a pena sim, levar mais esse perfuração estomacal para ver os quadros do Vermeer.
E lá vinha eu no meu país em vias de desenvolvimento, saindo do trem e conferindo quanto o cartão descontou ao passar pela catraca, dando passo-passinho pelo parque de Ueno, pra cair numa cena destas.
Trocentas pessoas alegremente alinhadas a 100 metros da entrada, esperando a vez para
entrar na fila de verdade, com trocentas pessoas mais.
Eu não sei se é o tanto que este povo é rico ou o tanto que as filas são constantes e quilométricas, mas quem tava lá ouviu "vai se fuder!" três vezes e convicto.
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