vendredi, septembre 23, 2005

avec mon meilleur souvenir [folio]

recuso qualquer oportunidade de entrar em camarim. os artistas que eu adoro são entidades 2d e inacessíveis por natureza. entretanto, lendo as memórias da Françoise Sagan me deu uma pena de ter conhecido ela nas notícias da morte, no ano passado. é muito hippie sentir falta da pessoa só estar no mundo?

lundi, septembre 19, 2005

CPI da rúcula

Minha mãe estava lavando as verduras compradas na feira ecológica de sábado (pequenos produtores e seus produtos orgânicos, cada um na sua cooperativa) quando um pedaço dela caiu. O cordãozinho que amarrava a rúcula dizia "rúcula" e tinha um símbolo pequeninho do carrefour ao lado.
Ela guardou a fitinha. Me mostrou hoje quando eu acordei, sem saber muito o que fazer.
"Eu me presto a acordar cedo, pagar mais caro...".
A peste está por todos os lados. Minha mãe é esquerdista de toda a vida e estava agüentando no osso a lambança política nacional, mas acho que com essa ela desmoronou.

lundi, septembre 12, 2005

je veux y aller PARCE QUE

dei algumas boas risadas vendo I Heart Huckabees ontem, do lado de um lucio arrependido.
e acho q estou passando pela fase onde o jude law não consegue repetir a história dele convencendo a shania twan a comer maionese.
eu não quero mais mentir. não desse jeito compreensível que a gente mente pra conseguir colocações. não quero mais dizer que conheço alguma coisa quando tenho só uma vaga noção. eu quero pegar o tempo e realmente conhecer essa coisa.
isso já aconteceu antes, surtos deslocados de sinceridade, com resultados de toda espécie.

samedi, septembre 10, 2005

onde estás, querida?

encontrei uma guria no orkut que é igual a mim. tão igual que ela está em comunidades que eu nem sabia que queria entrar (ela tem umas 300 e eu umas 30).
aí eu me pergunto se devo:
a) odiar essa guria, afinal estamos todos (todos!) tão superficialmete expostos que, se há alguém com uma máscara igual à minha, devo desistir de qquer ambição de individualidade.
b) entrar numa nóia de que todos os amigos e amores dela poderiam ser meus e vice-versa já que vivemos na mesma cidade e bastaria uma inversão de horários e presenças em bares para que cativássemos as pessoas uma da outra
c) fazer de tudo pra ser a melhor amiga dela e esquecer que um dia vivemos separadas

lundi, septembre 05, 2005

as letrinhas

Bom de fim de semana é ler os jornais com mais tempo.
E ver coisas tipo
1) a entrevista do guitarrista do Reação em Cadeia pra seção Patrola na CPI, da Zero, se mostrando anarquista, comunista e parlamentarista ao mesmo tempo. Ah, os ídolos
2) O comentário da Folha resumindo tudo o que eu queria saber sobre o furacão nos EUA, falando sobre o desmonte do estado americano, e pq ele não é capaz de ser ágil na crise
3) fotos de negros segurando baldes. muitas. e a pobreza dos EUA emergindo que nem barata de canos entupidos
4) o meu jornal continuando com essa mania de contar a história da dona mariazinha no início de TODAS as reportagens
5) a nina lemos enchendo o peito pra avacalhar com o Dia da modelo (o dono da Mega que inventou nesta semana) e conseguindo, pra alívio dela e da sua feiura, colocar uma frase muito clássica na boca de uma fonte.

*como não tenho a senha da Folha, só consegui reproduzir isto:
Gente Reação em cadeia pelo país Patrola ligado na CPI
Zero Hora - Como você deseja que a crise acabe?
Daniel Jeffman - Gostaria que caísse todo mundo. Para isso, precisaríamos de uma revolução e uma reconstrução parlamentar.
ZH - Qual sua expectativa com relação às próximas eleições?
Daniel - Sempre anulei meu voto e não acredito que exista algum político honesto.
ZH - Você acha que a crise vai afastar os jovens da participação política?
Daniel - Ao contrário! Acho que tudo isso vai trazer os jovens muito mais para dentro da política e dos problemas sociais do país. Somos os únicos capazes de mudar alguma coisa, e essa mudança não acontecerá sem dor e sofrimento. Reclamar em frente ao televisor não mudará nada.

jeudi, septembre 01, 2005

alugo

amiga blogueira que queira atualizar o meu blogroll e incluir alguns endereços. alguém? alguém com paciência? alguém ainda passa por aqui?

usando relógio


parece que estou indo trabalhar de calça baggy, de tão estranha que me sinto.
eu preciso dele, eu não posso fugir dele pra sempre.
ele fica ali como se falasse contra mim, mas eu fico me convencendo de que imagem não é tudo, que não faz mal se me confundirem com uma dessas pessoas... essas pessoas que usam relógio.