mercredi, mai 24, 2006

Seguindo pistas

1) A primeira maquina de café tinha 16 opçoes ao invés das 8 habituais, entre as quais escolhi um capuccino com chocolate por 50 centavos, metade do euro de sempre.

2) O marido da minha prima hesitou em me deixar ir comprar a massa para o almoço e finalmente prefeiriu sair cinco minutos antes pra poder fazer ele mesmo a tarefa.

3) Detalhe que, quando ele sair pra ir buscar as crianças, uma panela de agua quente ficara no fogo, entrando em ebuliçao no exato momento em que a chave virar de volta na fechadura.

4) Ontem a noite, preparar algo facil de janta consistiu em cortar um melao e colocar fatias de presunto cru em cima.

5) Desde que cheguei, o flexibilizador de lingua espanhola da minha cabeça me permite entender e ate falar 2 ou 3 coisas com os locais.

Si, penso che sonno in Italia.

samedi, mai 20, 2006

Um almodóvar, uma música

Volta e meia em reuniões regadas a primos, bebidas e carne os "adultos" da minha família cantam isto. O refrão sempre me foi muito forte, e não só por causa da cara de tragédia da minha tia Carmen, que fazia teatro. A Penélope fez um playback ontem no filme. Foi bonito.

mardi, mai 16, 2006

stuck inside a cloud.

samedi, mai 13, 2006

Um estalo bobo, com o dedo apoiado no lábio inferior

Fazendo meu tema de francês, que consiste no início de um romance (as pessoas aqui levam sua veia artística MUITO a sério, é respeitável), lembrei da música da Cher Antoine, aquela dos Los Hermanos cantada em francês. Não é que aquilo é um tema de francês? A pessoa tem que contar o que vai fazer no fim de semana, escrever o vocativo de uma carta, dizer com quem vai, por que, ser educado. Vê se não é:

CHER ANTOINE (Rodrigo Amarante)

Cher Antoine, Je suis vraiment desolé mais je ne
peux pas partir avec toi.
Du 20 au 24 je dois travailler, j'ai 4 jour de congé.

Je vais à la campagne. Je voyage en train
pour le montagnes, c'est un drôle de chemin!
Je vais à la plage avec des amis. Je vais faire du sport, je
vais fair du ski!"
- Feito pra mim, bom pra você. Deixa mudar e confundir!
- Deixa de lado o que se diz. Tem no mercado, é só pedir!...
- Me faz chorar... e é feito pra rir.


Ok, se as pessoas dentro da seita já tinham interpretado isso desde a época do disco, meus perdões pela obviedade. Pra não dar o tempo por perdido: baixem Mickey 3D, que é francês de verdade e legal demais.

Flashback, flashfoward, flash enfim

Preciso fazer fotos pra ver a vida passar. Preciso guardar essas imagens bonitas.

Preciso de pilhas caras pra máquina e rolo de filme também.

Revista de cinema

A college professor abandons his family and his career in order to champion his mistress, a student radical accused of killing a policeman. 2005. Director: Per Fly, danish kid.

O nome do filme é muito complicado, aqui saiu como Manslaughter, no Imdb consta como Drabet, no Brasil aposto que vai chegar como algo do tipo Virada do Destino, então vale mais a pena indicar a sinopse e o diretor.
O roteiro é intrigante mas as imagens são bonitas demais. Discute engajamento político mas é um filme sobre a perdição do amor. Os atores são bons mas a protagonista é linda. Tu já está embasbacada no final e a música dos créditos é ótima.
É isso. Fica impossível organizar o pensamento pra falar bem desse filme. Vejam, por favor.


Une nuit, le professeur Robert Langdon, éminent spécialiste de l'étude des symboles, est appelé d'urgence au Louvre : le conservateur du musée a été assassiné, mais avant de mourir, il a laissé de mystérieux symboles...

O Da Vinci digiCode começa na quarta-feira aqui. Pra provar pra Lisi que não é uma questão de remar contra a maré, gastarei 2 horas e 32 minutos pra vê-lo. Quando eu estava aqui em julho, a parada de ônibus do Louvre tinha uma folhinha avisando que não ia funcionar em tais e tais dias, pq eles iam filmar. Tirei foto.
Mas não rolou gastar dias em cima de um livro de mistérios da igreja – not my tipe.


Au sein de cette trame sociale, trois générations de femmes survivent au vent, au feu, et même à la mort, grâce à leur bonté, à leur audace et à une vitalité sans limites.

Volta, Penélope, que a gente te abraça. Não vamos comentar a desastrada aventura de bolsinha de Tom Cruise. Volver começa dia 19 e amanhã vou na exposição do Almodóvar entrar no clima. Cores, cores!


Au sortir de l'adolescence, une jeune fille découvre un monde hostile et codifié, un univers frivole où chacun observe et juge l'autre sans aménité. Elle s'évade dans l'ivresse de la fête et les plaisirs des sens pour réinventer un monde à elle.Y a-t-il un prix à payer ?

Uhú. Essa sou eu tiete. Dia 24 é aniversário da Liege, minha irmã de João XXIII, e também é a estréia do Marie-Antoinette, que Sofia C. escreveu pra Kursten D. O trailer tem um ritmo muito moderninho e a cabeleira loira dela me faz pensar em fãs de Babyshambles, mas deixamos pra falar mais quando eu tiver voltado do cinema, leve que nem pena.

Entrevista com Sofia e todo o kit imprensa aqui.

jeudi, mai 04, 2006

afe



- Posso ir morrer ali um pouquinho e já volto?
- Já é quase meia-noite, tá perigoso.
- Por favoooor. Eu já fiz tudo o que tinha que fazer hoje.
- Tá, mas vai só até o início do túnel de luz. O outro dia quando fui te buscar tu já tava quase na imensidão branca.
- Tá bom, prometo.
- Leto!
- Prometido, porra.

mardi, mai 02, 2006

Elefante surdo

Eu ia reclamar só da trilha sonora* do Cabra Cega, filme do Toni Venturi que vi no festival de cinema brasileiro que rola até hoje. Terminada a projeção e o bate-papo com o diretor, digamos que a lista cresceu um pouquinho.
Matutei por um bom tempo sobre a atmosfera de produção de um filme de baixo orçamento, relativizei o que seriam critérios básicos de qualidade mas não achei desculpas. Ao invés de ligar pra uma escola de línguas, passar um e-mail pra alguém que falasse espanhol, colar as falas no messenger ou qualquer outra coisa fazível em meia-hora pra revisar no máximo uma lauda de roteiro, o moço prefere nos brindar com uma personagem que emigrou da Espanha depois da ditadura franquista mas que, se estiver com sede num bar de esquina em São Paulo, vai pedir pro garçom trazer uma cueca-cuela.
Pegou muito mal, e não é questão de deslocamento cultural. Ele inventou mesmo palavras, fez a velha dizer facia (verbo fazer), teimosso, etc, era impressionante. Aí, na hora do bate-papo pós-filme, quando ele decidiu falar em francês, mesmo com a tradutora ao lado, o mar se abriu num clarão e eu entedi um pouco a lógica.
A visão do Toni Ventura sobre línguas estrangeiras é um tanto desconstrutivista e desafiadora. A platéia precisava saber português E francês pra captar o código que ele estava usando lá na frente. No início virava dans le comence, meu virava motre (mon + votre?), um pouco virava um pé. Meu saldo: conteúdo > zero, frases com início falado e final gesticulado > 25%, neologismos > 40%, utilidade da mocinha parada ao lado com microfone na mão > 5%, vergonha e divertimento que eu senti por ele > 50%.
Ainda bem que o filme era quase todo em cima do protagonista, interpretado pelo Leonardo Medeiros, que eu não conhecia e simpatizei bastante.


*Excluindo um par de músicas da época da ditadura que não tinham como dar errado, a Fernanda Porto, responsável pela música, empurrou a marteladas seqüências de piano pra dar clima sentimental em várias cenas, o que ficou péssimo.