mardi, avril 26, 2005

Ethan's wrinkle

Se alguém tivesse me dito que Antes do Pôr-do-sol era um hora e pouca de conversa quase sem cortes, eu teria soltado a respiração e aproveitado bem mais. E não teria feito o Lucio sentar do meu lado pra ver, claro.

lundi, avril 25, 2005

Eu odeio a Sue Johanson

Ela dava aulas de educação sexual enquanto que, no colégio dos meus pais, o professor pulava o capítulo inteiro sobre reprodução humana. Ela tem esse mérito. E também tira algumas dúvidas sinceras dos americanos que ligam durante o show. Mas não é exatamento por isso que esse momento que ela passa segurando paus de borracha se tornou "o programa de mais divertido da televisão paga", né.
As Marílias Gabrielas da vida se babam por essa mulher, mas na minha opinião tudo não passa de uma básica curiosidade em imaginar aquela pele enrugada do peito dela sendo chupada. Não é pela vanguarda, nem pelo conhecimento - tem assunto mais explorado? -, nem pela visão inovadora, porque o que ela faz não é nada melhor do que o Jairo Bauer faz. É uma simples campanha pelo sexo seguro, bem resolvido e disciplinado.
Esta senhora não é tão grotesca quanto o Dr. Jairo - que manda os coitados colocarem camisinha no primeiro beijo de língua -, mas as dicas dela nunca passam de um "vale tudo, desde que todas as práticas sejam discutidas entre os parceiros e nenhum se sinta ameaçado, violado ou incômodo, blá blá blá".
Só que todo mundo que está sentado do outro lado da tela pára no "vale tudo". E a frase fica tão engraçada na boca dela que, pronto, tá feito o feitiço. Se ela diz que pode, e recomenda, daí se entende que... ela faz? Sim - eu sei que ela faz porque a Gabi perguntou.
No fim, o tiro da Sue sai pela culatra. Ela está lá achando que contribui para o sexo positivado, sem conflitos psicológicos (aposto que ela odeia Almodóvar), e fica todo mundo na frente da TV se excitando com a imagem de uma velha segurar um vibrador.

dimanche, avril 24, 2005

no começo, ninguém sabe pra onde vai

Eu não sabia se ia ser bailarina ou professora de Ciências quando tinha cinco anos. E hoje o meu nível de dúvida em relação ao mesmo gap temporal não é muito diferente. Não me perguntem sobre os quarenta anos porque eu simplesmente não respondo. E por isso não respondo pra onde vai esse blog, que até ontem eu não tinha pensado em abrir.
O meu amigo Danichi me dizia que eu tinha cara de quem tinha um, e eu sei que era com uma pitada de sarcasmo. Não me dei nem ao trabalho de esperar a morte dele antes de começar este, perdendo uma bela chance de provar de uma vez por todas que eu não sou o esteriótipo da famequiana com roupinhas modernas que ele fica dizendo que eu sou. Mas ah, tudo bem, eu supero isso.
Não faço idéia de quem entrará aqui, mas eu gostaria de dizer, já que estou na carta de intenções, que não pretendo ter sacadas espertas sobre lances cotidianos neste espaço. Na verdade, eu não tenho muita vontade de ser atual, nem provocadora (nem quero falar como se tivesse uma platéia, como estou fazendo agora). Tem muitos blogs que são ótimos nisso, com links interessantérrimos e notícias quentinhas cavocadas pela rede. Ainda não sei explicar o porquê deste, mas talvez seja só pra devolver ao mundo a verborragia com que ele vem me maltratando. é isso.