mercredi, mars 29, 2006

aberta a temporada de socação de coisas na mala da lisi



Lois Lane está de malas prontas. Ops, malas não! Tem uma que é só minha e que ainda não está cheia!! Pedidos de bobagens européias podem ser feitos porque, uma vez esvaziada, a mala volta com ela pra POA com alguns casacos de inverno. Em troca, aceito toda espécie de badulaque porto-alegrense, piada interna, flyer de festa, demo de banda de garagem nova, coisa de camelô, foto em papel, carta manuscrita.
Mas, claro que, pra alívio da Lisi, os únicos obrigados a comparecer nessa gincana além da minha mãe são o Nunes (a idéia da fita foi boa, né?), a Pri (fotos) e o Dr. Vassarath (pra sair do número pífio de uma carta à mão).
Foi!

mardi, mars 28, 2006

Sábado eu saí de vestido sem meia-calça por baixo, domingo eu desci de chinelo no bar da esquina, hoje à noite eu joguei o edredon longe e ultimamente tem caído uns torós ao melhor estilo Porto Alegre pra baixar o termômetro. Ele chega, ele chega!!!


(foto: Paris Plage 2004)













Eu amo o irmão da Maggie, mas ele ama aquele outro moço... e ele tem razão

Finalmente acertei o horário de ir ver Brokeback Mountain, cujo fenômeno de receptividade entre os homens hetero da minha vizinhança social me fazia dar umas risadinhas curiosas.
E agradeço ao terceiro milênio com a sua luta contra a homofobia e também ao fenômeno social que empurra pra atmosfera gay o imaginário do amor romântico. Só assim podemos ter o Jake Gyllenhaal e a sua boca perfeitamente desenhada pra tela grande em plena ação com o tal loirinho Coração Valente, grande surpresa.
Eu já estava de saco cheio desse mundo cheio de bunda de mulher. Não que a exploração da raça me ofendesse, porque eu não tenho nenhuma solidariedade com a raça, mas vixe, como precisávamos de outra estética!
Se é a redenção de todos os homossexuais um dia esteriotipados de vulgares e sujos, não vou dizer que não me importo, mas enfim, que seja.
Mas o que eu gostei mesmo é de ver as cerejas de Hollywood dando beijo de língua.

samedi, mars 18, 2006

Météo sympathique

faz 4 dias que tem sol aqui.
eu estou apaixonada por ele.
o problema é que com isso não consigo entrar no cinema pra usar a minha carta nova. olho pra rua e ele tá lá ainda. quero ficar olhando pra ele o tempo inteiro.

vendredi, mars 17, 2006

naquela casa torta

eu quero um apê alugado com o meu dinheiro barato, entre a demétrio e a borges. com um salário pequeno (e) - burguês, com os convidados escolhidos a dedo, noites que terminam tarde mas com cerveja barata.
eu quero uma chave que custa R$ 5 pra fazer cópia, uma carteira fácil de ser assaltada, um lençol que leva 20 minutos de ônibus pra ser lavado na máquina, na casa da gente, no refúgio familiar que é tão longe e tão perto de um laboratório juvenil-químico bem protegido.
eu quero ser ilegal sem correr o risco de ser deportada, sem ser a francesa na vida de meia dúzia, sem dizer "então, acho que fico até...".

samedi, mars 11, 2006

My bloody valentines

Quando a gente olha pro lado côncavo de uma colher o nosso reflexo fica de ponta cabeça. Mas quando a gente olha pro lado convexo, ele fica normal. Além disso, o sol pode estar tanto do lado onde a gente enxerga a bola brilhante quanto do lado onde a luz chega e tudo fica iluminado.
Quem falou a primeira frase foi a Alice, 7 anos, numa das quartas-feiras em que a gente fica juntas, e a segunda foi observação do Dionisio, 3, na grama que vai da escola até o teatro. Todos os dias é assim. A vontade de matar eles quando eu não tenho autoridade intercala com essas coisas ótimas. Eu ganho beijos de graça, brinco de jogar bolas de neve nos carros, conheço todos os personagens do Rei Babar.
Outro dia, eu só podia responder as perguntas com “exactement” ou “pas du tout”. “Sim” e “não” estavam proibidos. E o balão até que podia encostar no chão se a gente deixasse cair, desde que ele continuasse sempre se mexendo. Quando chega na página da rainha Úrsula e do rei Cyprien do país das aves, a gente diz que o da direita é a rainha e o da esquerda é o rei, mesmo se no livro estiver dizendo contrário.
E por isso a miséria do salário é bobagem. Eu aprendi a dizer “pepino” com uma loirinha adorável que ia descrevendo o bendito legume, e toda vez que eu chego na escolinha, às 17h, tem alguém que quase me arranca no nariz fora só pra conferir se o piercing continua lá.

“Eu fui ao museu”

Hiatos e ditongos são o pesadelo do meu aluno de português, um nerd trintão muito boa gente. É que em francês duas vogais quase sempre fazem um só som, como as nossas professoras penavam em nos explicar.
Mas a coisa avança com o Loïc. Em passinhos de tartaruga, mas avança. Era por isso o Jota Quest, Cari. Porque a música é uma maneira lúdica de aprender... E gasta um monte de tempo da aula, em que tu não tem que ficar explicando pronomes – hohoh.
Mas veja bem. Não é charlatanismo. As pessoas que querem aprender português são realmente apaixonadas pelo Brasil, e quanto mais vezes eu páro pra explicar os usos do “pois é” ou a semana de três dias dos deputados em Brasília, mais ele aprende sobre a cultura (vista através dos meus próprios preconceitos, mas e daí?).
Todos que me procuraram pra aulas têm planos de ir morar no país tropical, é uma coqueluche só.
E nesta semana que começa, mais duas cobaias vão cair na teia da excêntrica didática de Lutécia Poittevin.
Bom dia! (é o que eles dizem sempre no início).

jeudi, mars 09, 2006

já vou, já vou, já vou

querendo parar aqui na frente da tela e não encontrando os minutos.
porre em segunda-feira não ajuda.
amanhã cantarei Jota Quest às 8h30min. resolvi perguntar pro aluno que tipo de música ele preferia. big mistake.