mardi, juillet 04, 2006

Kül

Tem um tempinho já que estou dando aula de português pra Claudia, uma alemã que trabalha no mesmo banco internacional (esqueci o nome) que o meu primeiro aluno, Loïc. Deve ter uns 20 e muitos anos, é uma loira sorridente, já morou no Peru, pesca as coisas muito rápido e me obriga a corrigi-la quando ela fala o "de" e o "te" que nem os colonos aí do RS.
Não é nem que ela queira se distanciar de um passado comum com os gringos, mas a guria acha o máximo me ouvir falar "houve um acidente no teatro, de dia".
"Cool", ela fala, e se ajeita na cadeira depois de um minipulinho imaginário.
Esses sorrisos abertos me fazem rezar por um mundo com mais pessoas empolgadas.
E só de falar isso, parece que eu estou descrevendo uma mongolona (o que comprova a resistência generalizada à felicidade sem motivos).
Ela foi pra Alemanha neste fim de semana, me mostrou as fotos da festa na rua, e daí que eu vi que ela tem amigo de tudo o que é canto do mundo e sai com eles mesmo quando vai pro país dela, onde poderia ficar se embebedando tranqüila e só falar a língua-monstro. Cool, cool, cool. Hoje eu torço pra Alemanha.

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