Tenho lido sobre o Brasil. Livros que já tinha começado antes, sem muito equilíbrio neuronal para com eles lidar. Tenho encontrado idéias ótimas, mesmo que “encontrar” seja um pouco deslocado pra citar obras de base lidas à meia idade.
Um exemplo de idéia surpreendente, da qual apresento aqui apenas a ilustração, é a importância da sífilis - na época da colônia - na formação do brasileiro:
“O filho do senhor de engenho se contaminava, quase brincando, com as negras e mulatas, ao perder precocemente sua virgindade, aos 12 ou 13 anos. Pois, a essa idade, ele já era um homem. Era ridicularizado se ainda não tivesse conhecido as mulheres; ironizado se não carregasse no corpo traços da sífilis. Martius [viajante do início do séc. 19] nota que o brasileiro porta com ostentação as cicatrizes da sífilis como se fossem cicatrizes de guerra”.